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Destaques

O que é mais rápido? Subir ou descer?

Suponha que uma bola de massa m seja lançada verticalmente para cima. Se desconsiderássemos a resistência do ar, teríamos que o tempo de subida seria exatamente igual ao tempo de descida, como já bem sabemos dos estudos básicos de cinemática do ensino médio. Mas e se a resistência for levada em conta, isso muda? Faça sua aposta!  Se considerarmos que a resistência do ar possa ser modelada como um fator proporcional à velocidade, ou seja, a força de resistência do ar seja de f_v = -bv , então podemos escrever a equação diferencial de acordo com a lei de Newton, da seguinte forma:  m\frac{dv}{dt} = -mg-bv
  Perceba que essa mesma equação é válida para o movimento de subida e descida. A fim de determinarmos a velocidade, que é a função que precisamos descobrir dada a equação diferencial anterior, resolvemos a equação diferencial  \frac{dv}{dt} +\frac{b}{m}v = -g
  A solução dessa equação é dada pela soma de duas soluções: a particular...

A Trajetória da Bolinha

Já percebeu que quando você joga algo no ar, esse algo descreve uma curva bem característica? Não é um quadrado, nem mesmo um triângulo com uma ponta. Mas a verdade é que sempre essa forma característica estará lá! Em todo lugar que houver gravidade, e um lançamento oblíquo seja feito, então você terá esse desenho bem em cima de você. Mas afinal, de onde vem tudo isso? Da física, é claro, da cinemática, que trata dos movimentos dos corpos para ser mais específico, Aqui, faremos um tratamento sem atrito, para simplificar a matemática envolvida no processo. 

Começando a nossa descoberta, suponha que você esteja lançando uma bolinha com velocidade inicial v_{0}, fazendo um ângulo \phi com a horizontal (eixo x). 



Sendo assim, podemos decompor a velocidade nas direções x e y a fim de analisarmos os dois eixos cartesianos. Fazendo essa decomposição vetorial, é fácil ver que v_{x}=v_{0}\cos{\phi} enquanto, para o eixo das ordenadas, v_{y}=v_{0}\sin{\phi}
Para o movimento em x, lembramos da equação básica da cinemática para a velocidade x=v_{x}t
Já em y, temos a equação horária do movimento y = v_{y}t-\frac{g}{2}t^{2}
Aqui, g representa a aceleração da gravidade, e a mesma é negativa por conta de estar direcionada em sentido inverso ao eixo y. Como o tempo é comum nas equações dos dois eixos, vamos isolar a variável t na primeira das equações. É possível ver que, como v_{x}=v_{0}\cos{\phi}, então x=t(v_{0}\cos{\phi}). Isolando a variável de interesse nessa equação, temos, então: t=\frac{x}{v_{0}\cos{\phi}}
 
Substituindo essa variável na equação do movimento em y e também a velocidade em y, temos: y=v_{0}\sin{\phi}\left(\frac{x}{v_{0}\cos{\phi}}\right)-\frac{g}{2}\left(\frac{x}{v_{0}\cos{\phi}}\right)^{2}
Sendo assim, a expressão anterior se simplifica a y=x\tan{\phi}-\frac{g{x}^{2}}{2v_{0}^2\cos^{2}{\phi}}
e essa equação resultante é claramente a equação que estávamos procurando. Costumamos chamá-la de equação da trajetória, e ela descreve exatamente uma parábola para os parâmetros \phi, v_{0}, e g
Bom, agora você já sabe que toda vez que jogar algo no ar, contra a gravidade, a trajetória vai ser exatamente uma parábola, como a da figura abaixo

Imagens da Nasa: Lançamento da missão Pathfinder para Marte em 4 de dezembro de 1996

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